quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Autoridades já enviaram para a Holanda carta rogatória para notificar médico

As autoridades portuguesas já enviaram para a Holanda a carta rogatória que poderá notificar para prestar declarações o médico que há um ano operou em Lagoa quatro pessoas que ficaram parcialmente cegas, disse à Lusa fonte oficial.
Segundo fonte da Procuradoria Geral da República (PGR), aguarda-se agora o cumprimento da carta, que funciona como um instrumento de cooperação entre os dois países, já que o médico terá alegadamente regressado ao seu país de origem.
"Solicitaram-se informações à Ordem dos Médicos e à Ordem dos Enfermeiros, mas não foram ainda obtidas respostas", refere a mesma fonte.
O caso remonta a julho do ano passado e o médico responsável pelas operações mal sucedidas na clínica I-QMed, Franciscus Versteeg, ainda não foi constituído arguido.
O prazo do inquérito a este caso foi entretanto alargado até novembro, disse à Lusa o advogado daqueles quatro pacientes, António Vilar.
Segundo o causídico, o prazo terá sido prorrogado devido à sua "complexidade" e "dificuldades na tradução" de documentos.
Dos quatro doentes, três idosos submetidos a cirurgia para as cataratas ficaram irremediavelmente cegos de um olho.
A mulher de 35 anos que fez uma operação para colocar lentes intraoculares nos dois olhos ficou apenas a ver sombras, mas já melhorou.
António Vilar afirma ainda ter sido procurado por outros três doentes holandeses que sofreram complicações semelhantes após tratamentos pelo mesmo médico, em Lagoa.
Os casos são anteriores aos dos quatro doentes operados em julho do ano passado, mas estes pacientes não apresentaram queixa logo na altura, acrescentou.

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